Café, Covid e Caos?

O mundo atravessa uma crise mundial, que não escolheu país ou raça, ela abarcou tudo e todos. Nesse cenário caótico, a saída seria focar na qualidade do aqui, do agora e do café?

Cristo Redentor iluminado em solidariedade aos países que enfrentam o coronavírus. Imagem: Reprodução/Twitter/WalkerViana3

Cristo Redentor iluminado em solidariedade aos países que enfrentam o coronavírus. Imagem: Reprodução/Twitter/WalkerViana3

Vivemos um momento singular na história, em que todos nós contamos os dias para isso tudo acabar sem nem mesmo saber quantos dias restam pela frente. A única certeza que se tem é a de que a mudança é necessária e às vezes ela vem para colocar em xeque o modus operandi, seja em relação à organização sócio-política-econômica ou pessoal.

Frases motivacionais foram espalhadas por lojas impedidas de funcionar na Praia do Canto. Crédito: Reprodução/TV Gazeta: https://www.agazeta.com.br/es/cotidiano/cartazes-na-porta-de-lojas-fechadas-levam-mensagens-de-esperanca-em-vitoria-0420

Frases motivacionais foram espalhadas por lojas impedidas de funcionar na Praia do Canto. Crédito: Reprodução/TV Gazeta: https://www.agazeta.com.br/es/cotidiano/cartazes-na-porta-de-lojas-fechadas-levam-mensagens-de-esperanca-em-vitoria-0420

Sabemos que estamos todos no mesmo barco, mas também sabemos que não ocupamos o mesmo espaço, para alguns a crise está batendo mais forte que em outros, a verdade é que isso tudo nos forçou a nos reinventar, pensar novas formas de viver e sobreviver.

Empatia é o mínimo que podemos sentir, se cada um de nós ajudarmos de forma consciente e colaborativa atravessaremos essa juntos e sairemos mais fortes. O diálogo e a escuta são fundamentais, pois assim podemos trocar informações e energia.

A tecnologia é nossa aliada, pois permite que saibamos o que tem acontecido em nossa rede. Nesse sentido promovemos uma conversa unindo produtores, importadores, exportadores e torrefações, onde pudemos sentir o que cada um tem feito e compartilhar os planos e anseios.

No mundo do café especial é claro que o distanciamento social afeta diretamente o consumo de café, já que a maior parte do público o consome diretamente nas cafeterias, desse modo há bastante receio por parte de toda a cadeia cafeeira.

Para os produtores diante das incertezas paira o medo de produzir café de qualidade, visto que implica investimento de tempo, dinheiro e muita energia. Assim, a conversa com os compradores é de extrema importância, pois no encontro promovido ficou claro que mesmo diante da crise outras formas de consumo se intensificaram.

As compras de café online cresceram exponencialmente e, por consequência, a propensão e curiosidade do consumidor em pesquisar mais informações sobre os produtos que estão adquirindo, tais como origem, história, modo de produção, notas sensoriais, aspectos de sustentabilidade, dentre outros. De acordo com o relatório Digital 2020: April Update publicado pelo Hootsuite com dados da GlobalWebIndex, a categoria de alimentos teve um dos maiores aumentos no interesse de compra online, com um terço dos usuários de internet comprando esses itens por meio de ecommerce em razão do lockdown em seus países.

Algumas torrefações e cafeterias repensaram novas formas de se manterem em funcionamento, como alimentação e bebidas to go, delivery e ampliação do mix de produtos.

O recado absorvido por todos foi o de que, independente das incertezas, para nós o café é uma paixão que transcende unicamente o financeiro, e que produzir café de qualidade não é em vão. Nossos produtores são movidos por produzir cafés diferenciados.

Equipe da Bioma Café no ponta-pé inicial da colheita 2020. Foto de @biomacafe

Equipe da Bioma Café no ponta-pé inicial da colheita 2020. Foto de @biomacafe

Café bom sempre tem o seu lugar, e a demanda por café de qualidade e consistente ao longo do tempo é garantida, seja em casa ou na rua. Sigamos nos reinventando, com força e esperança, como já dizia o escritor Guimarães Rosa: “o que a vida quer da gente é coragem.”

The coffee has the producers' name

Little by little does the coffee, from hand to hand

Little by little does the coffee, from hand to hand

At Aequitas, among many fulfilments in exporting coffee, one of them is the privilege of closely following up the entire journey that coffee undergoes from each farm until it reaches its final destination abroad. Traceability is the beginning of everything.

Better than that is participating in this process and testifying numerous hands and hearts that have touched the coffee in order to make it arrive where it is expected. From production – crop management, harvesting, and post harvesting – up to storing, preparing, loading and transportation there are hundreds of people working in a sequence until the coffee begin sailing the seas.

Every person who work in this logistics, from farms, cooperatives, office, warehouse, transportation, and port are like a gear that works due to this collective organisation.

As we know all the effort that is applied throughout this journey, Aequitas values every agent, but mainly the producers which sum up the beginning of everything. By having awareness of the origin, delivering coffees with their full names is a natural principle.

Therefore, we present coffees with the identities of those who made this movement happen.

Niculau Minami from Fazenda Olhos D’Água

Niculau Minami from Fazenda Olhos D’Água

Ana Cecília Velloso e Lúcio Gondim Velloso from São Luiz Estate

Ana Cecília Velloso e Lúcio Gondim Velloso from São Luiz Estate

Mario Yamashita, Marcos Makoto Yamashita and his son, from Fazenda Recanto Alegre

Mario Yamashita, Marcos Makoto Yamashita and his son, from Fazenda Recanto Alegre

Hugo Shimada from Fazenda Quilombo

Hugo Shimada from Fazenda Quilombo

Edson Tamekuni from Fazenda Vargem Grande

Edson Tamekuni from Fazenda Vargem Grande

Marcos Hayata and his father Shigueo from Fazenda Novo Riacho

Marcos Hayata and his father Shigueo from Fazenda Novo Riacho

Gil Cesar Melo and his sons from Fazenda Espigão do Palmital

Gil Cesar Melo and his sons from Fazenda Espigão do Palmital

Nilton Yamaguchi from Fazenda Lote 68

Nilton Yamaguchi from Fazenda Lote 68

Inácio Rodrigues from Agropecuária Funchal, Fazenda Guaritas

Inácio Rodrigues from Agropecuária Funchal, Fazenda Guaritas

Luciano Tannuri from Café Agrícola, Fazenda Bela Vista.

Luciano Tannuri from Café Agrícola, Fazenda Bela Vista.

Maria Soraia Guimarães from Fazenda Salitre

Maria Soraia Guimarães from Fazenda Salitre

Flávio Silva son of Margarida das Graças from Fazenda Queixadas

Flávio Silva son of Margarida das Graças from Fazenda Queixadas

Marcelo Nogueira from Bioma Café

Marcelo Nogueira from Bioma Café

Metaphorically speaking, we could say that coffee is the child and the producer is the father and mother, so it doesn’t make much sense naming someone’s else child, when considering driven values like transparency and contact.

Gratitude to everyone involved in this process from the beginning to the end, for trusting your children to us.

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O nome do café é o produtor

De grão em grão, de mão em mão

De grão em grão, de mão em mão

Para Aequitas, uma das muitas satisfações em exportar café é o privilegio de acompanhar de perto toda a jornada que ele percorre até chegar em seu destino. Rastreabilidade é o princípio de tudo.

Melhor que isso é participar desse processo e ver quantas mãos e corações tocam o café para que ele chegue onde é esperado. Desde a produção (manejo-colheita-pós colheita), até o armazenamento, preparo e carregamento e transporte são centenas de pessoas que trabalham em cadeia para permiti-lo navegar os mares.

Cada trabalhador que atua nessa logística é indispensável, aqueles da fazenda, da cooperativa, do escritório, do armazém, do transporte, do porto… enfim, a engrenagem só roda por essa organização coletiva.

Por saber desse esforço todo, é que a Aequitas preza por evidenciar todos esses agentes, mas principalmente o produtor e produtora - que é de onde tudo vem. Conhecer a origem e entregar o café com o nome de quem o produziu é requisito primário.

Assim, o café é apresentado e entregue com os nomes daqueles que fizeram todo esse movimento acontecer.

Niculau Minami da Fazenda Olhos D’Água

Niculau Minami da Fazenda Olhos D’Água

Ana Cecília Velloso e Lúcio Gondim Velloso da São Luiz Estate

Ana Cecília Velloso e Lúcio Gondim Velloso da São Luiz Estate

Mario Yamashita, Marcos Makoto Yamashita e seu filho, da Fazenda Recanto Alegre

Mario Yamashita, Marcos Makoto Yamashita e seu filho, da Fazenda Recanto Alegre

Hugo Shimada da Fazenda Quilombo

Hugo Shimada da Fazenda Quilombo

Edson Tamekuni da Fazenda Vargem Grande

Edson Tamekuni da Fazenda Vargem Grande

Marcos Hayata e seu pai Shigueo Hayata, da Fazenda Novo Riacho

Marcos Hayata e seu pai Shigueo Hayata, da Fazenda Novo Riacho

Gil Cesar Melo e seus filhos da Fazenda Espigão do Palmital

Gil Cesar Melo e seus filhos da Fazenda Espigão do Palmital

Nilton Yamaguchi da Fazenda Lote 68

Nilton Yamaguchi da Fazenda Lote 68

Inácio Rodrigues da Agropecuária Funchal, Fazenda Guaritas

Inácio Rodrigues da Agropecuária Funchal, Fazenda Guaritas

Luciano Tannuri da Café Agrícola, Fazenda Bela Vista

Luciano Tannuri da Café Agrícola, Fazenda Bela Vista

Maria Soraia Guimarães da Fazenda Salitre

Maria Soraia Guimarães da Fazenda Salitre

Flávio Silva filho da produtora Margarida das Graças da Fazenda Queixadas

Flávio Silva filho da produtora Margarida das Graças da Fazenda Queixadas

Marcelo Nogueira da Bioma Café

Marcelo Nogueira da Bioma Café

Metaforicamente falando, o café é filho e o produtor é pai e mãe, portanto não tem sentido dar nome ao filho do outro, quando se tem por missão transparência e contato.

Gratidão a todos os envolvidos nessa caminhada – da origem à chegada e por confiar seus filhos a nós.

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